08 novembro, 2006
TIM é bom negócio mesmo com ágio, dizem analistas
Depois da forte alta de ontem, as ações da TIM Participações ON fecharam na Bovespa em R$ 7,28 com queda de 3,05%, acomodando-se a valores mais realistas de mercado. Sobre as ofertas colocadas na mesa, faltam parâmetros de preços mais detalhados, segundo os analistas.
A corretora Brascan aponta uma faixa de preço entre 7 bilhões e 9 bilhões de euros (entre R$ 19 bilhões e R$ 24,3 bilhões). A Merryll Lynch calcula o preço de mercado da TIM em 8,8 bilhões de euros.
Para o banco, “a Telefónica não tem escolha a não ser fazer uma oferta pela TIM”. O melhor cenário, segundo esta análise, seria que a Telefónica adquirisse a TIM Brasil complementando a cobertura GSM da Vivo.
Caso o valor entre 7 bilhões a 9 bilhões de euros for considerado para a parcela de ações detida pela TIM Brasil (praticamente 70%), 100% do capital estaria avaliado entre R$ 27,1 bilhões e R$ 34,8 bilhões, o que implicaria em um preço médio por ação na transação entre R$ 11,70 e R$ 15, gerando um tag along para esse preço médio entre R$ 9,30 e R$ 12.
Se for considerado o valor entre 7 a 9 bilhões de euros para 100% do capital (e não para 70%), o preço médio da transação seria ainda inferior, calculado entre R$ 8,17 por ação e R$ 10,50.
Com base nas recentes aquisições da Claro na América Latina (Chile, Peru, e outros), o nível de preço nestas transações está em torno de US$ 400 a US$ 450 por assinante (R$ 850 e R$ 960, respectivamente), o que implicaria para 100% do capital entre R$ 20,5 bilhões e R$ 23,1 bilhões, resultando em valores ainda inferiores para uma simulação de valor a ser recebido pelo minoritário.
Segundo a Brascan, a corretora espera um tag along considerável “e o cenário, independente de quem comprar, é o mais otimista possível para os acionistas”.
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