08 novembro, 2006
Instituto defende criação de cidades digitais no país
O gerente de planejamento e análise do CPqD, Juliano Castilho Dall'Antonia, afirmou que 50% da população brasileira está fora do mercado de consumo e, portanto, excluída do processo de inclusão digital.
Durante o seminário "Internet para todos: uma estratégia focada nos municípios", promovido nesta terça-feira (07/11) pela Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, Dall'Antonia disse que os índices de pobreza no país explicam a alta ociosidade da estrutura de telefonia fixa, principalmente em estados do Norte e Nordeste.
Para o expositor, a universalização da internet deve pressupor a criação de cidades digitais, em que a população possa acessar serviços públicos e privados em ambiente virtual.
A expressão "cidade digital", no entanto, foi criticada pelo diretor de planejamento da Rede de Informações para o Terceiro Setor, Calor Alberto Afonso. Para ele, essa expressão exclui as áreas rurais do acesso à tecnologia. Integrante do conselho gestor da internet brasileira, Afonso chegou a dizer que a população pobre está condenada à "desconexão eterna".
O subsecretário de Ciência, Tecnologia e Inovação da Bahia, Emerson Casali, disse que o acesso à informação é quase inexistente na maioria dos 438 municípios do seu estado. Ele avaliou que essa situação não será modificada tão cedo. "Quem vai investir em rede sem fio em Formosa do Rio Preto [município baiano com 20 mil habitantes]?", questionou.
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