22 novembro, 2006

Microsoft abre 129 processos contra golpistas online

A Microsoft está ajudando as autoridades policiais a caçar criminosos que tentam roubar pela Internet detalhes de contas bancárias, e abriu 129 processos por esse motivo na Europa e Oriente Médio, informou o grupo norte-americano de software.

Um processo aberto na Turquia já resultou em sentença de 30 meses de prisão para um praticante de "phishing", e quatro outros casos que envolviam adolescentes foram resolvidos por meio de acordos extrajudiciais, anunciou a Microsoft na quarta-feira, oito meses depois de ter anunciado o lançamento de sua Global Phishing Enforcement Initiative, em março.

"Às vezes abrimos processos por conta própria, mas o mais importante é que trabalhemos com as agências policiais", disse Nancy Anderson, vice-diretora jurídica da produtora de software.

Dos 129 processos abertos, 97 são criminais, para os quais a Microsoft e outras empresas de tecnologia forneceram informações.

O anúncio foi feito em uma conferência da União Européia sobre roubo de identidade, em Bruxelas.

A prática de "phishing" vem crescendo muito nos últimos anos e o número de tentativas de iludir correntistas de banco para que forneçam detalhes de suas contas online quase duplicou no primeiro semestre de 2006, para 157 mil, de acordo com recente relatório da Symantec, que desenvolve software de segurança.

O total de prejuízos causados pela prática de "phishing" deve atingir os 2,8 bilhões de dólares em 2006, de acordo com estimativas do grupo de pesquisa Gartner.

Os praticantes de "phishing" enviam emails nos quais fingem representar instituições financeiras e outras organizações legítimas e solicitam que as pessoas confirmem informações pessoais tais como números de contas bancárias e senhas.

"Como a maior parte dos demais casos de fraude, eles se aproveitam do comportamento das pessoas", disse Anderson. Os responsáveis por esse tipo de prática também vasculham os sites de redes sociais e sites pessoais na Web, à procura de informações sobre os usuários.

Enquanto os casos criminais foram movidos contra aqueles que a Microsoft acredita serem verdadeiros criminosos, os processos civis têm por alvo principalmente jovens envolvidos nesse tipo de prática sem intenções criminosas. Nesse tipo de caso, acordos envolvendo pagamento de quantias de entre mil e dois mil euros (1.290 e 2.570 dólares) são considerados dissuasão suficiente, segundo a empresa.

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