29 novembro, 2006

Programa ajuda combater pirataria de computadores, diz coordenador

A venda de computadores deve bater recorde em 2006 e alcançar até o fim do ano 7,5 milhões de unidades no Brasil, segundo expectativa do governo. No ano passado, 5 milhões de equipamenos foram vendidos no Brasil. “Quase 90% dos computadores vendidos tiveram isenção de impostos por meio do programa Computador para Todos”, segundo responsável pelo programa, Cezar Alvarez. De acordo com ele, em 2005, 75% dos computadores da marca Siemens vendidos eram contrabandeados ou tinham peças que entraram no país ilegalmente, com sonegação de impostos e prejuízo para a indústria. Em junho deste ano, pela primeira vez, o mercado oficial superou o mercado ilegal com 51% da vendas. “O barateamento de preços deu condições para a indústria nacional oferecer ao cidadão um produto mais barato e ele hoje prefere comprar na loja que na garagem da esquina um produto que entrou ilegalmente no país”, diz Alvarez. Pelo programa, o governo oferece dois subsídios. A isenção para as empresas dos impostos para o Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins). E, para o comprador, o financiamento em até 24 vezes com juros de no máximo 2% ao mês. Em 2003, quando foi criado, um dos objetivos do programa era gerar concorrência. “O governo criou condições para o mercado oferecer um produto de qualidade mais barata com isenção de impostos e financiamento mais baixos que o mercado normalmente tem”, afirma Alvarez. O resultado, segundo ele, foi o barateamento dos preços. “Quando o programa começou, esse computador custava em média R$ 1.670. Hoje tem um preço médio de R$ 1.100 a R$ 1.200.” Segundo o responsável pelo programa, a baixa de preços se deu pelo surgimento do programa Computador para Todos e não pela chegada de novos produtos e nova tecnologia no mercado. “Foi basicamente o programa. É claro que houve também uma estabilidade do dólar, o preço dos componentes do mercado internacional não subiu e até baixaram.” O governo não tem dados do perfil desses compradores, mas acredita serem novos consumidores. “É o consumidor do primeiro computador. Segundo o mercado é um novo consumidor com renda de R$ 1.100 a R$ 1.500, das classes C e D”, acredita Alvarez.

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