01 novembro, 2006

Brasil é um dos países onde oportunidades digitais mais crescem, diz UIT

Pelo cálculo do Índice de Oportunidade Digital (IOD), indicador do nível de adaptação de 180 nações às novas tecnologias de comunicação estabelecido pela União Internacional de Telecomunicações, o país saltou de 0,32, em 2001, para 0,43 em 2005, o que representa evolução de 35% Estão no caminho certo as ações do governo federal para conectar a população à chamada sociedade da informação. É o que aponta a União Internacional de Tecnologia (UIT), agência das Nações Unidas responsável pelo cálculo do Índice de Oportunidade Digital (IOD). Indicador do nível de adaptação de 180 nações às novas tecnologias de comunicação, o IOD saltou no país de 0,32, em 2001, para 0,43 em 2005, o que representa evolução de 35%. O Brasil é o sétimo país entre os que mais evoluíram na oferta aos cidadãos do acesso à tecnologia digital – na primeira edição do ranking, em 2001, ocupava a 34ª posição entre 40 nações e, na lista mais recente, aparece como o 71º. O IOD é calculado com base em três macrocategorias de variáveis: oportunidade, infra-estrutura e utilização. O levantamento indica que o Brasil oferece à sua população significativas oportunidades de acesso às novas tecnologias de comunicação. Numa escala de 0 a 1, o país está com um índice de 0,87 nesse quesito. O indicador que mensura a possibilidade do uso de equipamentos é importante, conforme o documento World Information Society Report, da UIT, de 2006, por esse ser um pré-requisito para inclusão na sociedade da informação. É comum, no histórico dos países que figuram no topo do ranking do IOD, a adoção, prioritariamente, de ações para assegurar e difundir oportunidades de acesso às novas tecnologias de comunicação. Depois, esses governos começaram a priorizar as demais variáveis que a UIT considera para a definição do índice: a infra-estrutura e a utilização. O empenho para aumentar a oferta de acesso às novas tecnologias é parte do processo de inclusão digital. “Enviar computadores para as escolas públicas, por exemplo, não basta. É como dar um lápis e não ensinar a escrever”, ressalta a doutora em ciência da informação Cecília Leite, cuja tese de doutorado se transformou no Projeto Escola Digital Integrada, tema de lei no Distrito Federal. Por conta das discrepâncias regionais de oportunidades digitais, o governo federal coloca em prática programas com foco na inclusão digital e social. O Gesac, programa de inclusão digital do governo, coordenado pelo Ministério das Comunicações, é uma iniciativa que vai além da distribuição de computadores e que hoje aparece como o maior programa de inclusão digital da América Latina. Criado em 2003, o projeto atende moradores de 3.219 comunidades. Em alguns desses pontos, a internet que chega com o Gesac é o único canal de comunicação. Um exemplo é a comunidade quilombola de Ivaporunduva, no Vale do Ribeira (SP). Atualmente, o programa conta em todo país com 24 mil computadores conectados em rede. A meta para 2006 é a integração de mais 1,2 mil pontos de presença, com a formação da maior rede pública de conexão à sociedade da informação. De acordo com o World Information Society Report de 2006, o Brasil é o 13º país em número de assinantes de internet. A pesquisa Barômetro Cisco de Banda Larga, realizada pela IDC Brasil, mostra que o país teve uma alta de 8% no número de acessos a banda larga somente durante o primeiro trimestre de 2006. Até o fim deste ano, as conexões rápidas à rede mundial de computadores devem crescer 48% em relação a 2005, estima o estudo. Com isso, o número de conexões deve saltar de 4 milhões em 2005 para quase 6 milhões ao término deste ano Ainda segundo a pesquisa Barômetro Cisco de Banda Larga, o segmento residencial já representa 86% dos acessos em banda larga. Em relação ao setor de telefonia, dados do Ministério das Comunicações revelam que, em 2004, o Brasil ultrapassou a marca de 100 milhões de assinantes (101,2 milhões). Desses, 62 milhões diziam respeito à telefonia móvel, o que posicionou o País entre as cinco economias com o maior número de celulares do mundo, só ficando atrás da China, dos Estados Unidos, do Japão e da Alemanha.

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