12 outubro, 2006

SOA no caminho da maturidade

A arquitetura orientada a serviços (SOA) tende a amadurecer de tal maneira nos próximos três a cinco anos que não existirá mais como um conceito isolado. Em virtude justamente desse processo de maturação, deixará de ser abordada nas rodas de discussão corporativo como algo prioritário e tende a não deslocar mais a atenção de CIOs e CEOs nos moldes atuais.

Ao contrário do que possa parecer, a profecia está longe de decretar a extinção de SOA. Na verdade, a afirmação enfatiza que o conceito será algo natural, incorporado ao dia-a-dia corporativo e inerente ao gerenciamento de aplicações, dispensando reflexões profundas. O autor de tal teoria é Rob Levy, Chief Technology Officer (CTO) da BEA Systems, um dos grandes defensores do conceito na indústria mundial e que diz que chegou à companhia para “fazer SOA acontecer”.

Ao que parece, a tarefa tem sido bem executada e deve continuar a todo vapor. Desde que assumiu o cargo, em dezembro do ano passado, o executivo participou do processo de incorporação de duas empresas para incrementar a área – Fuego e Flashline – e sinaliza que novas aquisições figuram nos planos de expansão da companhia.

Em sua primeira visita à América do Sul, Levy conversou com o COMPUTERWORLD e comentou suas percepções sobre a evolução de SOA e sobre as oportunidades que se abrem para os fornecedores que saírem dianteira com oferta de soluções.

COMPUTERWORD – Quais têm sido as estratégias da BEA para SOA? ROB LEVY – Nós reconhecemos que SOA tem se tornado algo de grande importância nos últimos anos. Três anos atrás fizemos nossas primeiras apostas naquilo que poderia endereçar as necessidades dos usuários em relação a aplicações. Pensamos em um conjunto de ferramentas e em produtos que pudessem ajudar os clientes a implementar o conceito. Posteriormente, decidimos olhar para SOA de maneira geral, e implantá-lo [o conceito] nas linhas de produto. Em junho do ano passado, nós anunciamos a divisão Aqualogic, em que incluímos um pacote com todas as coisas que consideramos necessárias para suportar SOA, desde os produtos básicos como os serviços de dados, de mensagens e de segurança, até os mais avançados. Posteriormente adquirimos a Fuego, da Argentina, - em março deste ano – para compor outras funcionalidades. Espero ver novos produtos até o final deste ano ou até o início do ano que vem.

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