13 outubro, 2006

Microsoft vai poder formar mil técnicos portugueses de 'software'

O Governo português e a Microsoft esperam ter, a médio prazo, cerca de mil alunos a receberem formação em desenvolvimento de software distribuídos por 20 instituições de ensino. O arranque oficial foi ontem assinalado na Escola Superior de Aveiro Norte, em Oliveira de Azeméis, e o objectivo é dar qualificação especifíca numa área que, a nível mundial, tem grande procura e escassa mão-de-obra para oferta. Estes cursos, avaliados em cerca de 2,1 milhões de euros e que contarão com apoios comunitários, são, segundo o ministro da Economia e Inovação, uma "resposta aos novos tempos". Manuel Pinho, que participou na sessão a partir de Lisboa (ver caixa), explicou que, "tal como nos têxteis, em que o mais importante é a concepção, também nas novas tecnologias o desenvolvimento de software é fulcral". Recordou que "existe grande falta de recursos qualificados a este nível em todo o mundo" pelo que os técnicos formados em Oliveira de Azeméis, Covilhã, Guimarães e Lisboa terão uma importante porta de saída para o mercado de trabalho. "Diziam-me que, por cada mil formandos, 20 podem criar empresas e dois ter sucesso. Isto é muito positivo", explicou. Para a reitora da Universidade de Aveiro, que apadrinhou o início dos cursos, "este é um protocolo muito importante para a região de Aveiro e que, desde o início, tem tido uma grande adesão dos jovens", explicou Maria Helena Nazaré. Os cursos, que arrancam em fase piloto em quatro estabelecimentos de ensino, podem ser alargados, no futuro, a mais 16 escolas e abranger cerca de 500 empresas receptoras de técnicos de desenvolvimento de software. Para Carlos Zorrinho, coordenador do Plano Tecnológico, "estes protocolos com a Microsoft são uma mais-valia para Portugal e para as pessoas", dado que , defende, estes cursos podem "mudar progressivamente o perfil competitivo da nossa economia".

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