07 outubro, 2006

Microsoft não está minando mercado de segurança, diz Kaspersky.

O novo sistema operacional da Microsoft, Windows Vista, não tornará mais difícil o funcionamento de programas contra vírus de computador, afirmou o grupo russo de segurança eletrônica Kaspersky Lab na sexta-feira, contradizendo rivais.

Em uma carta aberta esta semana, a produtora de software antivírus McAfee acusou a Microsoft de enfraquecer a proteção dos usuários ao não mais cooperar com empresas de segurança de computadores e negar a elas acesso ao núcleo dos códigos de programação do Windows Vista.

"A partir do que temos visto do Vista não podemos dizer que a Microsoft está bloqueando o acesso ao núcleo", disse a presidente-executiva da Kaspersky Lab, Natalya Kaspersky, à Reuters em entrevista em Paris.

"Não faria sentido para eles (Microsoft) parar de trabalhar com outras empresas de segurança de computadores porque isso tornaria o sistema deles mais vulnerável a ataques", disse Kaspersky.

A Microsoft entrou no mercado de segurança de computadores em junho ao lançar o OneCare, um produto projetado para proteger sistemas contra vírus, spyware e outras pragas eletrônicas.

A gigante do software devolveu os ataques que recebeu na segunda-feira, afirmando que trabalhou perto de empresas de segurança de computadores durante o desenvolvimento do Vista e que planeja continuar fazendo o mesmo.

"A Microsoft teria que mudar seus negócios completamente se o que McAfee está dizendo for verdade", afirmou Kaspersky, explicando que o modelo de negócios da Microsoft é baseado em trabalho próximo de outras empresas.

Ela afirmou que a Microsoft promoveu seu tradicional encontro anual com companhias de segurança este ano e que não foi informada sobre uma eventual redução no nível de cooperação.

A Kaspersky Lab foi fundada em 1997, em Moscou, e entre seus clientes estão a rede de televisão BBC, as companhias de telecomunicações France Telecom e Telecom Italia Mobile, o banco de varejo russo Sberbank e vários ministérios do governo da Rússia.

A empresa tem escritórios na Califórnia, Ásia e Europa, emprega 500 funcionários, e é controlada por Natalya e seu ex-marido Yevgeny Kaspersky, um ex-criptógrafo.

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