26 outubro, 2006

Internet - Mundo cyber em 3D

Durante a década de 90, a febre na internet girou em torno da VRML (Linguagem para Modelagem de Realidade Virtual, ou Virtual reality modeling language, em inglês), que prometia transformar a rede literalmente em um ou vários mundos virtuais. Hoje, a realidade virtual foi de certa forma esquecida, mas as iniciativas para criar um ambiente 3D na rede, não. Além da Microsoft, que aposta nesse tipo de experiência para impulsionar o Windows Vista, outras empresas também investem em tecnologia 3D para mudar a experiência na rede, e alguns navegadores já incorporam o recurso.

Um deles é o Browse3D (www.browse3d.com). Em vez de apenas uma janela com um site da internet, o usuário tem a possibilidade de abrir, ao mesmo tempo, até cinco páginas, sem a confusão de diversas janelas abertas na barra de tarefas. Com uma espécie de duas abas laterais, tem-se a opção de navegar na tela principal, enquanto pelo menos outras quatro janelas podem ficar abertas do lado direito da tela. À esquerda, outras quatro janelas deixam abertas, simultaneamente, as últimas páginas visitadas.

Entre as opções de visualização, o internauta pode escolher entre apenas a página principal ocupando quase toda a tela, alguma das abas laterais com suas quatro janelas, cada uma dessas janelas individualmente ou todos os nove sites de uma vez – o da tela principal e mais quatro de cada aba. Pode ser um pouco confuso no início, mas o recurso ajuda muito em pesquisas mais complexas, nas quais o internauta precisa voltar várias vezes a determinada página, para consultar alguma informação.

Outro browser que também oferece a experiência de navegação tridimensional é o 3B, que, como o anterior, pode ser baixado gratuitamente, no site www.3b.net. O browser permite que o usuário navegue pela internet digitando os endereços no espaço determinado ou clicando em links, para ver as páginas em uma tela no mesmo estilo de outros como Internet Explorer, Netscape ou Firefox.

Ruas e corredores

Sua grande inovação, no entanto, é a visualização em modo 3D. Nesse caso, o internauta literalmente percorre as ruas de várias cidades que já vêm pré-programadas no software. Um minimapa na parte superior direita da tela ajuda a localização nas cidades de Las Vegas e Miami, no Estados Unidos; Londres, na Inglaterra; e Cidade do Cabo, na África. As ruas virtuais reproduzem detalhes reais, como as de Amsterdã, na Holanda, com seus canais e pontes, ou os característicos arranha-céus de Nova York. Em todas elas, o internauta tem links que levam a páginas de informações sobre programação cultural, restaurantes, lojas e outras sobre as próprias cidades.

Quando começa a navegação, o usuário está em um aeroporto, no qual também pode percorrer vários corredores. Durante a “caminhada”, o internauta passa por uma série de banners. Quando há link neles, uma pequena página aparece no cursor, se ele for apontado para a tela que, ao ser clicada, muda o modo de visualização para a dos browsers convencionais, já com a página desejada carregada.

Apesar de oferecer uma navegação diferente, o browser é pesado e exige tanto uma boa capacidade do processador como uma conexão de internet rápida bastante para suportar o carregamento das cidades. Se o usuário ainda tem internet discada, não é aconselhável o uso desses navegadores, principalmente o 3B. Se a conexão for de banda larga, no entanto, os browsers 3D podem deixar a navegação pela net ainda mais divertida.

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