01 julho, 2013

Cobrança: terceirizar ou não, eis a questão?

É fato que a cobrança é uma ação delicada e importante para a recuperação de crédito. Por isso, é preciso cuidado na hora de escolher entre contratar empresas especializadas ou realizar a atividade internamente. Considerando as duas opções, surge a dúvida: qual é mais vantajoso para a empresa? Para o diretor comercial e novos negócios da Audac, Valdir de Oliveira Neves, terceirizar é uma forma de acelerar o processo, graças às ferramentas e tecnologias utilizadas nas empresas, e o foco nos resultados, diferente da ação realizada internamente. "A cobrança interna geralmente carece de maior disciplina e por conseqüência efetividade nos resultados, embora seja visto como vantagem a ausência do custo investido na empresa cobradora", diz. 

Porém, mais do que a questão de custo, é se atentar ao nível de atenção que será dado à atividade. Se em uma empresa terceirizada o foco é a recuperação de crédito, na cobrança interna há outros pontos primordiais dentro da empresa.  Para Dorival Machado, consultor e fundador da DMC3, confundir o negócio na empresa pode ser um risco. "Por exemplo, a empresa vende um determinado produto. Na ansiedade de baixar níveis de inadimplência ela monta uma equipe, se estrutura com sistemas, políticas e infra estrutura. Então, em determinado momento, alguém chega a conclusão de que o índice de efetividade está desequilibrado. Nesse momento, a empresa tem que se perguntar: vendemos um produto X ou somos uma empresa de cobrança?", explica. Por outro lado, as empresas contratadas para o serviço de cobrança podem ter dificuldades por não conhecer os clientes. "Não conhecem o perfil, então tem que fazer estudos para melhorar a cobrança", diz o gerente de negócios da Santos & Filhos Consultoria em Crédito e Cobrança, Grinaldo Tenório. 

Seja na cobrança interna ou terceirizada, um ponto fundamental, é a capacitação dos funcionários, pois isso influência direto nos resultados, pois é no contato com o devedor que se inicia todo o processo de cobrança. As pessoas devem ser treinadas, pois ainda que hoje exista muita tecnologia, segundo André Marques, diretor da RBZ Assessoria e Consultoria, ainda não há nada para uma abordagem direta e adequada. "O que existe é treinamento aos negociadores para o melhor resultado, que será a recuperação do crédito sem atrito ou com o menor desgaste possível", conclui.