27 outubro, 2006

SMS fixo esbarra no modelo de negócios no Brasil

Apesar de a rede das operadoras fixas no Brasil ainda não estar preparada para o oferecimento de mensagens de texto (SMS), os últimos lançamentos da Siemens no País já estão configurados com esta função. A empresa forneceu para os distribuidores do México 40 mil aparelhos Euroset 3020 - o modelo para exportação, a partir do Brasil -, nos últimos seis meses, para atender a demanda da Telmex. Para a Argentina foi enviado um lote de 1,5 mil unidades do mesmo modelo, para projeto piloto da Telefónica. A expectativa da operadora na Argentina é concluir sua avaliação até o final do ano, mas o diretor de vendas e marketing da Siemens Home and Office no Brasil, Elcio de Moura, acredita num desfecho mais lento. O principal ponto em estudo é se o tráfego de SMS compensará o investimento a ser feito na rede. A Telemar já realizou testes em localidades do Rio de Janeiro e Minas Gerais, inclusive com a Oi. Mas não chegou a nenhuma conclusão. Nos testes, a demanda era de mensagens do celular para o fixo. Sem gerar receita Os usuários da telefonia fixa não geravam SMS, apenas recebiam. Enquanto o serviço fica restrito no grupo Telemar, a receita que deixa de ser gerada na rede fixa entra pela rede móvel. A dúvida é se ao liberar o serviço para toda a planta, vai compensar o investimento na rede fixa só para receber mensagens, gerando receita também para outras operadoras móveis. Ao contrário, a rede receberia não só mensagens da Oi, mas também de concorrentes móveis, que lucrariam com o serviço. Segundo o diretor da Siemens, o investimento para preparar a rede é significativo, porque inclui licença de software por usuário. E no Brasil, onde o sistema é híbrido e diferente do que é usado no restante da América Latina, o desembolso seria ainda maior. O lançamento de um serviço comercial só deverá ocorrer no segundo semestre de 2007, acredita Moura.

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