10 outubro, 2006

Alcatel prevê 100 mi de usuários de TV pela Internet em 2010

A fabricante francesa de equipamentos para telecomunicações Alcatel espera que o número de assinantes de serviços de TV via Internet atinja os 100 milhões ao final de 2010, ante 3 milhões no momento, mas admitiu que algumas operadoras estão adiando o lançamento desse tipo de serviço. Os serviços de televisão por protocolo de Internet (IPTV) são uma das mais recentes iniciativas das operadoras de telefonia fixa para estimular suas receitas, prejudicadas por produtos mais baratos ou gratuitos via Internet e pela deserção dos usuários de telefonia fixa para celular. "Acredito que haverá 100 milhões de assinantes de IPTV até 2010", disse Michel Rahier, diretor da divisão de telefonia fixa da Alcatel, durante o Broadband World Forum, em Paris. Ele fez a declaração depois de admitir que algumas operadoras adiaram o lançamento de serviços de TV via Internet aos usuários, em parte devido a dificuldades técnicas.

"Às vezes existe otimismo excessivo quanto à maturidade do projeto", disse Rahier. "Sim, nós tivemos alguns casos de lançamento mais lento do que alguns provedores de serviço tinham antecipado. Todos estão aprendendo uma lição. Não se concentraram como deviam na integração da infra-estrutura subjacente", afirmou.

Os gargalos quanto ao desenvolvimento dos sistemas de IPTV incluem o tempo necessário a mudar de canal, que pode ser de alguns segundos, e os requerimentos de velocidade da rede de banda larga para que uma boa imagem seja possível.

A Alcatel está completando o processo de fusão com a rival norte-americana Lucent, que deve ser formalizada no final do ano.

Depois de se reunir com fornecedores e operadoras de IPTV nas últimas semanas, o banco de investimento Goldman Sachs afirmou, em nota de pesquisa divulgada este mês, que o lançamento de serviços de IPTV fora da América do Norte parece estar paralisado, e que é improvável que o ímpeto seja retomado antes de 2008.

O banco apontou, igualmente, que a aceitação do sistema IPTV continua relativamente baixa em Taiwan e diversos países europeus como França, Espanha e Itália.

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